domingo, 23 de setembro de 2007

AIDS avança entre jovens de 20 a 39 anos

O perfil epidemiológico dos portadores do HIV está mudando radicalmente desde que a AIDS foi descoberta. Em 1986, haviam 28 mulheres para cada homem infectado e hoje, em alguns municípios brasileiros, representa 2 homens para cada mulher. Antes, o perfil sócio- econômico dos portadores da doença era a classe média-alta e hoje existem em todas as classes sociais, independentes de cor, raça, ou opção sexual. Antes, só existiam portadores da doença nas grandes metrópoles e hoje, em praticamente todos os municípios existem soropositivo. Os heterossexuais representavam apenas 5% dos casos notificados e hoje são 55% e é a categoria que mais cresce. A faixa etária mais atingida é exatamente a mais produtiva economicamente, ou seja, dos 20 aos 39 anos. Uma outra tendência, não só no Brasil como também em vários estados, de acordo com estudos do Ministério da Saúde, está existindo um novo perfil, ou seja, uma percepção do crescimento em pessoas com mais de 50 anos, o que requer também um novo planejamento para elaboração de ações para atingir esta faixa etária. Em 1996, apenas 5% dos caos de AIDS notificados eram do sexo feminino e nos últimos anos, a sua participação aumentou para cerca de 30%. Do total de casos de casos em mulheres notificados até hoje, 70% destes foram diagnosticados após 1992, o que significa dizer que a incidência entre elas elevou-se, nos últimos 10 anos. A cada ano verifica-se que uma sensível redução proporcional de casos masculinos. Em conseqüência das altas taxas de prevalência do vírus entre os bissexuais masculinos e os heterossexuais usuários de drogas injetáveis. Antes os heterossexuais representavam menos de 5% dos casos notificados, mas no decorrer passou a ser o principal grupo em crescimento: em 1991, 21% dos casos de transmissão sexual eram de heterossexuais que, em 1996/1997 atingiu a cifra de 55%, especialmente nos municípios com menos de 200 mil habitantes.


Hiperlinks:
- O que é a aids
É uma doença que se manifesta após a infecção do organismo humano pelo vírus da Imunodeficiência Humana, mais conhecido como HIV. Causa a inabilidade do sistema de defesa do organismo para se proteger contra microorganismos. A aids não é causada espontaneamente, mas por um fator interno. Destrói as células responsáveis pela defesa do nosso organismo. Há alguns anos, receber o diagnóstico de aids era quase uma sentença de morte. Atualmente, porém, a aids já pode ser considerada uma doença crônica. Isto significa que uma pessoa infectada pelo HIV pode viver com o vírus, por um longo período, sem apresentar nenhum sintoma ou sinal. Isso tem sido possível graças aos avanços tecnológicos e às pesquisas, que propiciam o desenvolvimento de medicamentos cada vez mais eficazes. Deve-se, também, à experiência obtida ao longo dos anos por profissionais de saúde. Todos estes fatores possibilitam aos portadores do vírus ter uma vida cada vez “maior e de melhor qualidade”.

- Drogas injetáveis O controle da Aids entre os usuários de drogas injetáveis é um dos principais destaques brasileiros do Relatório Mundial sobre Drogas 2005 da ONU. A Aids seria disseminada entre o uso compartilhado de seringas contaminadas

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